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Dia dos Pais e Lições de Educação... Não Só Financeira


O Dia dos Pais está chegando, trazendo muitas comemorações, alegrias e encontros. Da mesma maneira que o Dia das Mães, o segundo domingo de agosto (ou seja, o Dia dos Pais) é sempre esperado com bastante entusiasmo pela maioria das pessoas, mesmo não sendo um feriado!
Podemos notar outra similaridade entre esta data e a maior parte dos dias festivos: eles vêm se tornando cada vez mais comerciais. E, como um dos objetivos do nosso blog é refletir sobre o dia a dia financeiro e também defender um estilo de vida mais sustentável economicamente, vamos abordar hoje neste espaço um pouco mais a respeito do tema do consumo desmedido e desnecessário.
Na infância de há alguns anos, "criávamos" na escola nossos próprios presentes com a ajuda dos professores. Podia ser um desenho de toda a família reunida, uma gravata feita com papel celofane ou uma flanela com a nossa pequena mão "impressa" com tinta guache. Era tudo muito simples, mas aquilo parecia emocionar nossos pais.
À medida que crescemos, o mundo da publicidade nos condiciona a "comprar um presente para o papai"; mas sem qualquer base mais lógica ou algum ensinamento sobre o consumo consciente. E este "Presente" (tão importante que agora pode ser escrito até com letra maiúscula) parece ser o único modo de demonstrarmos afeto verdadeiro. Assim, quanto mais caro, melhor - nem que seja uma lembrança adquirida de última hora e com a gente aceitando automaticamente a primeira sugestão do vendedor!
Some-se a isto um segundo fato, que é o enfrentamento de longas e entediantes filas para entrarmos com nosso pai e familiares em restaurantes abarrotados. E o que é pior: locais barulhentos, nos quais não há sequer condições de bater um bom papo. De novo, o que fala mais alto não é o amor e nem a vontade de compartilhar, mas o preço do prato e a badalação do lugar.
Não estamos defendendo aqui um frugalismo absoluto ou a condenação plena dos presentes caros. Afinal, quem não gosta de qualidade, conforto e beleza? A questão é que o foco de qualquer data especial deve girar em torno das pessoas, e não das coisas, pois os sentimentos não são construídos de uma hora para outra e através de agrados materiais. Quem, de fato, se orgulha do pai que tem, deve celebrar todos os dias a existência da figura paterna, rendendo-lhe homenagens não previstas pelo calendário e sendo o(a) melhor filho(a) possível, certo?
Bem, poderíamos falar madrugada adentro de percepções e dicas acerca do Dia dos Pais, tal como economizar na comemoração sem fazer feio, mas, por ora, decidimos deixar a cargo de vocês tirarem sozinho(as) a criatividade da cartola. Vale lembrar, porém, que tudo aquilo que cerca a família demanda união e elos fortes, que não podem ser obtido sem investimento afetivo. Dinheiro compra presentes caros, mas não é seu custo ou a sofisticação da embalagem que dá a medida exata do carinho ali contido.

Escola José Medeiros